sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Adulto - Teoria Cretina do Desenvolvimento Social

Para falar de adultos, começo por diferencia-los na sociedade. Ele está em constante contraste com o não adulto. A classe dos não adultos é formada principalmente por aqueles que ainda não atingiram a idade da madurescência. Isso quer dizer que o adulto se caracteriza no desenvolvimento pela aptidão e gozo de funções amadurecidas. Funções essas físicas, psicológicas e, destacadamente, sociais. Tanto o é que, para se atingir a maioridade, é necessário ter tempo de vida. É preciso, antes de tudo, crescer. Mas o que vem a ser o crescer? Em seus diversos aspectos (físico, social, psicológico, histórico), o crescimento reflete o abandono de comportamentos típicos das fases de não adulteza. Em geral, esse comportamento anterior à fase adulta é denominado infantil.


Assim, é plausível entender que a infantilidade é um dos aspectos que delineam os limites entre o adulto e o pré-adulto. No entanto, o traço infantil não é abandonado de todo, pois a sociedade nos dá mostras materializadas e materializáveis de que a infantilidade continua num percurso também crescente, que acompanha outros pontos, considerados adultos. Por exemplo: a maturidade sexual é acompanhada por sex toys (brinquedos sexuais), existem jogos só para adultos, desenhos voltados para adultos, parques de adultos, etc. O adulto se sente superior ao não adulto por uma herança social. No entanto, o exercício de sua emancipação revela apenas maior e melhor aprimoramento dos desígnios da infância. Assim, só podemos concluir que o adulto não existe se não enquanto extensão da infância. Por tanto, o adulto não existe.

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