domingo, 6 de junho de 2010

Parindo textos

Esperar a gestação de um filho durante, em média, 9 meses pode ser uma tarefa simples, vista por nós homens, uma vez que gerar um filho é resultado de um ato involuntário. Não existe a intenção ou a força da mão de obra de ninguém. Depois que plantamos a semente, o filho vem como uma conseqüência. Muitas dores depois (ou não), nasce um filho que com certeza vai mudar sua vida para sempre [numa visão romântica da maternidade, claro.]! No mundo acadêmico, tenho o hábito de dizer que estou parindo uma dissertação, um artigo, sei la. Estamos, no mestrado, sempre parindo algo.

Para parir um texto, a pessoa precisa de leitura, compreensão dessa leitura, ter um bom nível de escrita para precisar escrever só umas mil vezes a mesma coisa até ficar bom, Às vezes não dormimos, não rendemos, não ficamos satisfeitos mas, vencidos pelo cansaço, deixamos tudo como está. Escrever dói. Mas quando está tudo pronto, vem aquela sensação que enche o peito e vaza pelos olhos. Um dos nossos filhos nasceu! Um texto! Uau! Esse texto vai mudar a vida do autor [...]. Tá, continuar a comparação daqui para frente, na parte que o filho/texto muda para sempre a vida da pessoa.

Bom, estou gerando agora o meu filho mais importante até então. O pródigo, o predileto. Já vem com nome. Dissertação. Esse filho meu vai mudar a minha vida, pois vai marcar um ciclo (eu e meus ciclos). Mas este, apesar de mais importante, não foi o único. Onde está a glória dos textos que já escrevi? Mas isso não é de todo mal. Meus primeiros partos trouxeram à luz textos horríveis. Minha ex-orientadora diz que eu não devo me envergonhar dele porque eu estava no começo do começo do inicio de saber como é fazer uma pesquisa e depois ainda escrever sobre ela. Outra coisa, o filho, gerado em nove meses, é um fluxo. Nós temos é prazo. Tenho exatos 9 meses para acabar meu mestrado, incluindo a defesa e a entrega da versão final. Esse meu filho terá que ser o orgulho do pai.

2 comentários:

  1. tambem tô pra pari auhauauauuah
    a minha é outr menina: monografia!
    auhauhauhau
    Vem visitar meu blog Gui -dissipando tempestades-
    "magine só" que honra um PHD EM LETRAS AUHAUAUAUAUHA
    bjaum!

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  2. oi lindo.. eu estou agoniada com meus artigos q mal andam, mal crescem... ja nasceram, pq nascer eh ter a ideia... mas desenvolver tb eh um sacrificio... ainda mais com a Ana chorando q querendo mamar all the time... ninguem merece... bjo

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