segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Perdendo Beltane

É muito simples perder uma data importante, um compromisso inadiável, uma festa de arromba, um horário no dentista. Tudo isso muito me frusta, me chateia. Mas não tem nada que me deixe mais furioso que perder um bom Beltane. É sempre assim: espera-se um ano até chegar o próximo e quando chega o dia, sempre tem algo que te tira da roda da festividade. Mas comemorar por comemorar simplesmente não tem graça. Precisa ter toda aquela preparação especial, um dia de bons fluidos, uma noite agradável, coisas boas pela cabeça, e tudo mais. Só que acontece que nesses últimos tempos o que eu não tenho tido mesmo - e isso aborta qualquer plano de rito - é paz de espírito. Por quê? Por conta da bendita dissertação. Eu não estou conseguindo fazer a análise. Está muito mil vezes mais difícil do que eu imaginei que seria. MAs é assim mesmo, me dizem todos que já passaram por isso. É assim mesmo e passe por isso também.

Gosto muito desse sabá e é um dos que mais perco. Só fica à deriva mesmo de Litha. É bem no natal cristão aqui no hemisfério norte. Esse ano prometi que montaria a árvore cristã de natal. De todas as minhas partes, essa é uma que tento abandonar. MAs o natal em si não é mais lá grande coisa para mim. E outra: é um inferno essa festividade toda. Mas é parte, imagino.

Bom, a Roda Wiccana não teve post nenhum sobre Beltane. Acho que, na verdade, essa é mais uma tentativa minha mesmo de buscar essa divindade entre um grupo de amigos. Acho que estou encontrando a derradeira hora de entender um pouco mais sobre covens. Eu li, não me lembro no livro de quem, que os covens podem ter vida curta se são fixados somente na relação entre X membros. Um coven é uma parte do desenvolvimento pessoal, apenas. Quando as pessoas passam por essa maturação, elas autormaticamente se colocam em outras buscas. Em outros objetivos que traçam outros caminhos para cada um. É assim mesmo. E talvez eu não esteja no momento de sair em busca de um novo caminho wiccano para mim. Acho que já encontrei o meu. Estou tranquilo e equilibrado, pelo menos nessa parte. Daqui para frente, vou começar a fazer a roda do ano certinho. Vou completar uma roda inteira de esbás e sabás.

Claro, com a dissertação a culminar em fevereiro, vou precisar marcar certinho quando eu pretendo começar. Talvez o mais saudável seja esperar meia roda passar e pegar de Samhaim certinho. Até lá, posso celebrar, fazer meus ritos e magias, mas a contagem mesmo será só lá. E para ver se curo essa perda de Beltane, durante essa semana, eu tento fazer um rito, se der. É o momento de eu mostrar serviço para meu orientador. Então, talvez não dê. Se fosse só o tempo do rito, com certeza daria, mas a Bi sabe como é montar um rito. Dentro do nosso coven, é um exercício de pesquisa, meditação e inspiração. Não dá para fazer brotar um rito assim do nada. Mas vamos ver o que sai.

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