Imploro
às verdades para que sejam absolutas. Para que sejam leves, brandas, contudo
absolutas. Quero sempre o limite do desenho da sombra. Quero sempre ver as
margens entre a luz e as trevas que brotam de mim. Quero saber o sabor e o saber
dos alimentos. Quero ver sucumbir os mitos e as lendas. Quero ver a igreja
ruir. Quero ver Homens e homens. Mulheres e mulheres. Quero conhecer a verdadeira
face do plano do uno. Quero saber se somos um, qual é sua parte que me espera.
Quero sentir pulsar dentro de mim as veias dessa sociedade. Quer ver o que
sobra, o que resta. Quero ver o vazio enchendo de mundos e o cheio perdendo
seus valores. Quero saber se a igualdade está nesse pacote. Quero saber se a
gentileza veio só como brinde. Quero saber se todos tiveram acesso ao mesmo
pacote e cada um que ficou responsável por distorcer o seu. Quero saber se o
gosto desses brindes tem efeito alucinógeno. Quero tudo isso e mais um pouco.
Quero ficar louco, se é que ainda não o fiz. Só não quero uma coisa, que as
verdades que tenho que fingir sejam sempre a verdade do outro. Quero ver todo
mundo perdendo o chão, buscando para os pés um novo conforto. Quero ver quantos
encontrarão.
MARAVILHOSO!!!! Principalmente porque não é só um querer subjetivo, é seu, mas é também é o que está pulsando lá fora, no mundo... e precisa ser gritado. E você teve a sensibilidade de sentir isso e gritar.
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