quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Day 2, step 2

De alguma forma, saber que o que estava sentindo era a tal da síndrome do pânnico, ou o transtorno do pânico fez com que eu mesclasse algumas sensações das crises que eu tive aos 15 anos. A doutora disse que essses sintomas que eu descrevi para ela na minha adolescência eram de agorofobia e não do transtorno em si, todos eles associados aos meus picos de ansiedade. Neste momento, manhã do dia 24 de novembro de 2011, por volta das 9h30 da manhã, o que eu sinto é muito simples, uma leve ansiedade deixada pelo fim das cinco gotas de rivotril que eu tomei ontem à noite, estou terminando um café da manhã com uma fatia de pão e requeijão, uma porção de aveia com leite e mais algo que não consigo me lembrar o que comi. Logo, jajá, eu vou tomar a segunda dose do exodus. Minha noite foi tranquila. Devo ter sonhado, mas não me lembro. Acordei um pouco antes das 8h. De repente acordei de novo e eram nove e pouco. Não me lembro muito bem do que aconteceu, se eu levantei e bebi água e deitei de novo. Não sei. Bom, quero falar sobre o primeiro dia. Depois de ter tomado os remédios certinho, eu tinha que ir fazer a ficha catalográfica da minha dissertação na biblioteca da faculdade e também tinha que fazer uma impressão da ultima versão da dissertação para isso. Antes, ainda, eu tinha uma consulta marcada com o otorrinolaringologista (doravante otorrino.. rsrs). Eu, louco, fui de moto, mas não tenho outra opção. Acreditei no rivotril sublingual no bolso e fui para a rua. Depois de um tempo de trânsito, comecei a me sentir um pouco mal, uma tontura, uma raiva e uma vontade de chorar. Cheguei meio transtornado no consultório. Então, pensei que pudesse ser a hora do primeiro rivotril contra o ataque de pânico. Mas e o medo de me sedar e ainda ter todo o transito para voltar? Mas e essa angústia e tontura que eu estava sentindo? Coloquei meio comprimido em baixo da língua e duvidei que fosse funcionar, duvidei que fosse derreter. Gente, eu tinha certeza de que tudo isso era balela e que não resolveria meus sintomas. Foi quando, nem me dei conta quando, mas a pastilha meio arenosa começou a esfarelar na língua. Acho mesmo que o remédio começou a fazer efeito na hora de ir embora. Nem consegui falar direito com o médico. Ele examinou minha boca, ouvidos e nariz, fez algumas perguntas, deu alguns sorrisos tranqüilizadores e mediu minha pressão. Eu poderia jurar que estava alta. Mas não estava. A ansiedade me enganava, então. Eu não poderia confiar nem nas minhas próprias sensações. Na saída, ele pediu exames para mim, de sangue e um que eu não consegui ler a letra, mas que será dentro da orelha, para saber sobre a sensação de estar com o ouvido entupido [tomara que não seja sujeira, já pensou que vergonha??] [simulação] - E então Dr. O que eu tenho? - Porquice. Aprenda a tomar banho direito. Vou te receitar essa caixa de cotonetes. Bom, depois, de volta ao transito, de volta ao pânico, de leve, mas ainda existente. Cheguei em casa e dormi um bom tanto. Depois, fui fazer a impressão da dissertação e levar na biblioteca da universidade para fazer a ficha catalográfica. Durante esses processo todo, tive mini crises de ansiedade mas nada que me tirasse da jogada. O problema é o sono que eu venho sentindo por conta da medicação. Estou tomando uma dose menor do que a recomendada de rivotril. Eu sinto minha ansiedade presa nos meus pés, como era antes de ela se espalhar por todo o meu descontrole. Falar do assunto me estressa um pouco, mas é um meio de eu organizar a realidade para mim mesmo através da escrita, uma vez que eu não posso ainda pagar por uma psicoterapia. A psicanálise não é ciência, então eu também queria aproveitar para usar outras não tão ciências, como terapias holísticas. Quero ser terapeuta holístico. Bom, previsão do dia de hoje é mandar as impressões da dissertação conforme manda a lista de indicações que recebi do programa de pós graduação. Vou terminar de comer minha aveia, e tomar meu exodus e esperar começar a fazer efeito. Qual a sensação de efeito? Que a realidade é destacável. Parece que eu não preciso da realidade, ela é indiferente. Mas na hora do almoço tudo passa...

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